INFORMAÇÕES ECONÔMICAS SOBRE A PESCA DE LINHA-DE-MÃO E REDE-DE-EMALHAR NO ESTADO DE PERNAMBUCO, NORDESTE DO BRASIL

Autores

  • Sérgio Macedo Gomes MATTOS

DOI:

https://doi.org/10.18817/repesca.v3i1.68

Palavras-chave:

pesca, rendimento, equilíbrio econômico, Estado de Pernambuco.

Resumo

Analisaram-se os mais significativos aspectos relacionados com rendimentos, custos e lucros que os pescadores podem ter nas pescarias de linha de mão e de rede de emalhar no Estado de Pernambuco. Os conceitos biológicos e econômicos são hoje partes integrantes das ciências pesqueiras, como uma ferramenta poderosa para o gerenciamento pesqueiro, objetivando rendimentos sustentáveis. Informações econômicas foram coletadas diretamente nas comunidades pesqueiras do litoral do Estado de Pernambuco, tabuladas em uma matriz de dados para facilitar as análises das relações econômicas. A metodologia foi baseada em estudos conduzidos para o mar Mediterrâneo, definido como a caixa do pescador, uma das três caixas que compõem o modelo bio-econômico Ferramentas de Simulação de Pescarias para o Mediterrâneo - MEFISTO. Este simula o comportamento econômico do pescador. A entrada é o dinheiro que vem do mercado e a saída é o esforço de pesca que será aplicado pelo petrecho na seguinte unidade de tempo, medido em número de dias de pesca X hora, a capturabilidade do petrecho e o fator de seletividade, sobre o qual o pescador tem determinado controle em função de seu capital. Foi possível verificar que, em Pernambuco, os lucros obtidos com as pescarias são reinvestidos na atividade, mesmo com baixos rendimentos, porque social e culturalmente é a única atividade que os pescadores desempenham com maestria; o ganho financeiro dos pescadores é basicamente o rendimento das pescarias, tentando pescar o máximo possível para aumentar a lucratividade; o sistema de parceria foi desenvolvido dentro da estrutura econômica da pesca, que fortalece o relacionamento entre aqueles diretamente e indiretamente envolvidos; e a baixa renda é o fator limitante que impede o aumento do esforço de pesca, desencorajando novos barcos e re-investimentos para aumentar a capturabilidade, e pode sugerir que as frotas da linha de mão e de rede de emalhar estabeleceram um ponto do equilíbrio econômico.

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Publicado

2009-04-13

Edição

Seção

Trabalhos Técnicos