TOLERÂNCIA AGUDA E SUBCRÔNICA DE JUVENIS DE ACARÁ-BANDEIRA (Pterophyllum scalare) À SALINIDADE DA ÁGUA

Autores

  • Diogo Magalhães da Veiga Moreira
  • Pollyanna de Moraes França Ferreira
  • Jener Alexandre Sampaio Zuanon
  • Ana Lúcia Salaro
  • Leandro Moreno de Oliveira Alvez
  • Devlynn Coelho Dias

DOI:

https://doi.org/10.18817/repesca.v6i1.370

Palavras-chave:

Cloreto de sódio, Estresse, Osmorregulação, Peixes Ornamentais

Resumo

Para reduzir perdas decorrentes do estresse na criação de peixes, o sal comum (NaCl) vem sendo recomendado no manejo e transporte. Entretanto, seu uso apropriado depende do conhecimento da tolerância dos animais. Dessa forma, objetivou-se avaliar a tolerância aguda e a subcrônica à salinidade da água em juvenis de acará-bandeira (Pterophyllum scalare). A tolerância aguda foi avaliada em seis tratamentos (0; 3; 6; 9; 12; 15g de sal comum/L de água) e quatro repetições, com cinco peixes por aquário. A mortalidade dos peixes foi observada a cada três horas, durante 96 horas. Foram calculados a salinidade máxima de sobrevivência-96h (SSMax-96), a salinidade letal mediana-96h (MLS-96) e o tempo médio de sobrevivência (MST). A comparação dos valores de MST entre as salinidades foi realizada por meio de análise de variância e teste Tukey. Para a avaliação do efeito subcrônico foram utilizados trinta peixes distribuídos em seis aquários contendo cinco litros de água cada. Cinco aquários receberam incremento diário de 1g de sal comum/L. A mortalidade foi verificada a cada 24h até atingir 100%. Foram calculadas a salinidade máxima de sobrevivência subcrônica (SSMax) e a salinidade letal mediana subcrônica (MLS). A SSMax-96 foi estimada em 7,51g/L. A MLS-96 calculada foi 11,11g/L. O MST foi significativamente reduzido nas salinidades de 12 e 15g/L. A SSMax foi estimada em 12,50g/L e a MLS calculada foi 14,16g/L. A análise do efeito subcrônico sobre o consumo de ração médio mostrou que esse é máximo em 4,71g/L. Os resultados permitem concluir que o uso seguro do sal comum para juvenis de acará-bandeira não deve ultrapassar 7g/L, quando utilizado sem adaptação (transferência direta da água doce para água salinizada), por um período máximo de 96h. Todavia, incrementos graduais na salinidade permitem exposição segura a concentrações de até 12g/L.

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Publicado

2011-09-08

Edição

Seção

Artigos