POLISSACARÍDEOS SULFATADOS COM ATIVIDADE ANTICOAGULANTE ISOLADOS DE MACROALGAS MARINHAS

Autores

  • José Ariévilo Gurgel Rodrigues
  • Edfranck de Sousa Oliveira Vanderlei
  • Ana Luíza Gomes Quinderé
  • Chistiane Oliveira Coura
  • Norma Maria Barros Benevides

DOI:

https://doi.org/10.18817/repesca.v5i1.144

Palavras-chave:

algas marinhas, macromoléculas sulfatadas, coagulação sanguínea, teste do TTPA.

Resumo

A biodiversidade marinha favorece a descoberta de novos polissacarídeos sulfatados (PS) com atividade anticoagulante em substituição a heparina (HEP) na clínica médica. Objetivou-se fracionar e avaliar a atividade anticoagulante de PS isolados de oito espécies de macroalgas marinhas (Chlorophyta, Rhodophyta e Phaeophyta) nativas do litoral cearense. Inicialmente, as algas foram digeridas com papaína bruta em tampão acetato de sódio 0,1 M (pH 5,0) contendo cisteína 5 mM e EDTA 5 mM para obtenção dos PS totais (PST), seguido por cromatografia de troca iônica em coluna de DEAE-celulose utilizando um gradiente de NaCl. A atividade anticoagulante foi avaliada através do tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA) usando plasma humano normal e HEP padrão (193 UI mg-1). Verificou-se que o rendimento e o perfil cromatográfico foram diferentes entre as espécies, sendo as rodofíceas fontes ricas em PST. O teste do TTPA revelou frações de PS com atividade anticoagulante nas espécies Halymenia sp, Caulerpa cupressoides e C. racemosa, cujas atividades foram 75,96; 17,34 e 21,19 UI mg-1, respectivamente, enquanto PS isolados de Hypnea musciformis, Solieria filiformis e Spatoglossum shroederi praticamente não modificaram o TTPA normal. Gracilaria birdiae e Pterocladiella capillacea não apresentaram atividade anticoagulante. Portanto, PS isolados de macroalgas marinhas sugerem agir na via intrínseca e/ou comum do sistema de coagulação sanguínea.

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Publicado

2010-02-08

Edição

Seção

Artigos