CRESCIMENTO E TOLERÂNCIA À SALINIDADE EM TAMBAQUI: EFEITO DA UTILIZAÇÃO DE RAÇÃO SUPLEMENTADA COM SAL (NaCl)

Autores

  • Fábia Gabriela Pflugrath CARRARO
  • Ivo Thadeu Lira MENDONÇA
  • José Milton Barbosa
  • Manlio PONZI-JUNIOR

DOI:

https://doi.org/10.18817/repesca.v2i2.54

Palavras-chave:

Crescimento heterogêneo, LS50, LT50, Colossoma macropomum

Resumo

Em peixes, a salinidade pode reduzir a sobrevivência e o crescimento, mas a escolha de ambientes adequados pode melhorar as condições de cultivo. O objetivo do trabalho é testar o efeito da suplementação de 8% de sal (NaCl) na ração sobre a variabilidade de crescimento (CHet) e tolerância à salinidade em alevinos de tambaqui Colossoma macropomum, um caracídeo da bacia amazônica. Foram utilizados 72 alevinos (1,2±0,4g) distribuídos em blocos casualizados, em 18 unidades experimentais alimentados sob duas condições de ração: dieta A em nove unidades (dieta comercial 36% PB) e dieta B em nove unidades (dieta comercial 36% PB suplementada com 8% de sal NaCl), administradas diariamente em 8% da biomassa, divididas por duas porções iguais. No início e no final do período experimental foram realizadas pesagens de todos os alevinos. Em seguida, os alevinos foram submetidos à mudança brusca de água à salinidade zero para salinidades 15, 20 e 25, com três réplicas cada. Foram calculados o crescimento e sua variabilidade (CHet), determinados a tolerância à mudança brusca salinidade (LS50) e do tempo de sobrevivência à salinidade (LT50). A condição B apresentou melhor crescimento em relação à condição A, embora o Chet não tenha apresentado diferenças significativas (p>0,05). O valor estimado de LS50 em 12 horas foi 11,0 na condição A, enquanto, na condição B, foi 18,0. A estimativa de LT50 na condição A foi 17h 30min, enquanto, na condição B, a LT50 foi 21h 20min. Análises de coincidência indicaram as tendências da condição A e condição B semelhantes (p>0,05). O CHet não foi afetado, possivelmente pelo curto espaço de tempo. Os valores estimados de LS50 e LT50 enquadram na espécie como estenoalina.

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Publicado

2009-04-09

Edição

Seção

Artigos